O que eu quero transmitir por meio dessa série é a mais pura e verdadeira essência. É o rústico, o limo nas árvores, a terra molhada, a folha caída, a mancha no tronco, e o que é de verdade. É não se esquecer dos valores e do que realmente importa em meio ao mundo de glamour e de sofisticação em que a gente vive.

A vida pode ser perfeita, mas de nada adianta se não nos lembrarmos do que é essencial, dos valores, da conexão com a natureza, do Universo em que a gente vive, do nosso centro, do verdadeiro “EU”. É preciso valorizar de onde viemos, do que é natural, do que existia antes de nós. Reconhecer a energia da natureza e as leis que regem este Universo, reconhecer como somos pequenos dentro de um todo, é essencial.

O Ser Humano tem a pretensão de sempre querer controlar o Universo, usando-o a seu favor, mas a verdade é que SOMOS parte desse Universo e somos esse Universo. Ninguém controla por vontade própria a digestão, os batimentos cardíacos, a dilatação da pupila, o crescimento das unhas, dos fios de cabelo, as marés, a chuva, o sol, o vento, o frio. Cada átomo, cada grão de areia, cada gota de chuva, cada célula, cada rio, cada oceano, cada planeta ou galáxia, tem sua razão de existir em um equilíbrio perfeito da criação. Cada uma dessas coisas, não importa o tamanho ou onde se encontra, tem sua razão para estar aqui.

Cada uma dessas coisas, surgiu da Natureza, é regida pelas mesmas leis e constitui parte integrante de um tecido único e complexo que é o Universo. Todos os aparentes controles cotidianos que temos não significam nada diante do Universo. Estamos fluindo nessa grande maré de energia cósmica e apenas exercendo o NOSSO papel como parte de Gaia aqui neste planeta.

Em um mundo tão grande de aparências e tão voltado para o “TER”, é momento de deixar o ego de lado, e nos lembrar do que é “SER” de verdade, em sua verdadeira essência. Essa é a era do SER Humano.

Por meio do cobre em processo de oxidação, esta coleção de Obras de Arte contrapõe o que é belo, mostrando o rústico, o natural, o cobre em seu estado mais bruto do ser, em destaque, dentro de formas geométricas e molduras perfeitas, destacando assim o que é verdadeiro em formatos perfeitos que temos a ilusão de criar.

Disfarçamos e escondemos o essencial da vida em camadas de formas e aparências. Por meio de recortes e janelas, as Obras de Arte da coleção Essential abrem espaço para que seja mostrado, para que seja visto, em sua forma mais bruta, o dilaceral, o imperfeito, o banal, o rústico, o natural, o verdadeiro, o invisível aos olhos, o perfeito em sua criação.